Beijo Bandido Apr 15, 2010 (14 years ago) Teatro do Bourbon Country Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Depois da exuberância de Inclassificáveis, projeto que arrebatou os fãs e a crítica especializada, Ney Matogrosso apresenta seu novo trabalho: Beijo Bandido. Quase um contraponto a “pegada” roqueira do projeto anterior, Beijo Bandido mergulha em uma atmosfera de recital, quase camerística.
O título, inspirado na letra de “Invento” (Vitor Ramil), dá o tom das intenções de Ney ao se aventurar em um projeto no qual a criteriosa seleção de repertório é sublinhada pela excelência vocal de seu intérprete. “Acho Beijo Bandido um projeto bem interessante: é, basicamente, um disco de canções”, conta Ney. “Inicialmente, achei que seria um disco de músicas românticas - depois de pronto, me dei conta de que se trata de álbum pop de canções brasileiras.”
Sob direção musical de Leandro Braga, que o acompanha ao piano e assina os arranjos, Ney Matogrosso conta com grandes músicos em Beijo Bandido: Lui Coimbra (cello e violão), Ricardo Amado (violino e bandolim) e Felipe Roseno (percussão). O quarteto imprime uma sonoridade acústica marcante as 14 faixas do CD.
Algumas canções fizeram parte de roteiros de shows antigos; outras, Ney havia gravado em projetos com formações bem distintas da atual. No último caso estão "As Ilhas" (Piazolla/Geraldo Carneiro), gravada pela primeira vez em 75, e "Doce de Coco"(Herminio Bello de Carvalho).
Ney Matogrosso também trouxe para Beijo Bandido músicas que já pensava em cantar: “Já queria ter gravado “Medo de Amar” (Vinícius de Moraes), mas achava que era uma música feminina – e não é”, pontua. O mesmo se deu com “Bicho de sete cabeças” (Geraldo Azevedo/Zé Ramalho/Renato Rocha). A inédita do projeto chama-se “Cor do desejo” e foi entregue a Ney em Maceió, durante a turnê de Inclassificáveis, por um de seus autores, Junior Almeida.
No repertório de Beijo Bandido estão ainda pérolas do cancioneiro, como “Tango para Teresa” ( Evaldo Gouveia/Jair Amorim), sucesso de Ângela Maria; “De cigarro em cigarro”(Luiz Bonfá) e “Segredo”(Herivelto Martins/Marino Pinto), ambas registradas anteriormente, mas com diferentes concepções musicais. A parceria de Chico Buarque e Edu Lobo, “A Bela e a Fera” (da trilha do balé “O Grande Circo Místico”), e “Nada por mim”, balada de Herbert Vianna e Paula Toller, ganham novos contornos nas versões de Ney. Na linha da MPB pop, o cantor foi buscar “Mulher sem razão”, de Cazuza, Dé e Bebel Gilberto. “Lucina me disse uma vez que essa música era a minha cara, mas achei que não cabia no projeto dos violões que fazia na época. Agora, tinha tudo a ver”, lembra Ney.
Completam o cardápio de belas canções a já citada “Invento” (Vitor Ramil) e uma sucesso da safra romântica de Roberto e Erasmo,“ À distância”. Ney conta como ela entrou no projeto: “Estava assistindo a um filme do Visconti quando uma voz feminina, que nunca soube de quem, começou a cantar essa música, na versão em italiano. Esperava a hora certa para gravá-la”.
Ocimar Versolato, responsável pelo figurinos de Ney desde o projeto “Estava Escrito”, repete a dobradinha e vai além: é dele a direção artística do projeto gráfico do novo CD. As fotos de capa e encarte são de Rogério Mesquita.
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